A reciclagem sofre com a falta de incentivos no Brasil
- cleanambiental1
- 8 de jun. de 2016
- 2 min de leitura

Você sabia que apenas 3% dos resíduos sólidos urbanos no Brasil são efetivamente reciclados, de um total de 76,8 milhões de toneladas geradas anualmente? Os dados são os mais recentes da ABRELPE (Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).
Apesar da PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos) já estar em vigor desde 2010 e estabelecer a reciclagem como uma das prioridades, os números acima demonstram que o País ainda não avançou no modelo de aproveitamento dos resíduos gerados.
O Deputado Federal Carlos Gomes, presidente da Frente Parlamentar pela Reciclagem, divulgou recentemente o “Panorama do Setor de Reciclagem no Brasil”, onde estão apresentados dados e propostas para o desenvolvimento da atividade.
Dentre as medidas apresentadas, destacam-se:
Desoneração fiscal da cadeia produtiva da reciclagem para elevar a produção e baratear o preço dos artigos feitos a partir de material reciclado;
Desenvolvimento de campanhas permanentes, em nível nacional, para a conscientização da população sobre o tema;
Criação de pólos regionais e Descentralização das indústrias recicladoras, para viabilizar a melhor comercialização dos materiais;
Criação de linhas de crédito especiais junto ao BNDES para indústrias e demais organizações para a reciclagem;
Redução da taxa de importação para equipamentos utilizados no processo de recuperação e transformação dos materiais em novos produtos;
Criação de Lei de incentivo à Reciclagem, que conceba um mecanismo semelhante às leis de incentivo à cultura e ao esporte, e que permita o incentivo fiscal para empresas interessadas em investir na estruturação de cooperativas e em projetos de gestão de resíduos sólidos.
Essas ações têm como finalidade, além de realmente incentivar o aprimoramento da reciclagem, poder contribuir efetivamente para elevar os índices nacionais de aproveitamento de recursos e reduzir os impactos da destinação inadequada de resíduos.
O Brasil está bastante atrasado no atendimento às determinações da PNRS, não só pelos baixos índices de reciclagem, mas em função de 3.000 municípios ainda usarem lixões, da pouca abrangência na coleta seletiva e da carência de planejamento, dentre outros fatores.
"Um grande volume de materiais com grande potencial de reciclagem ainda vai parar em locais inadequados, trazendo danos ao meio ambiente e à saúde pública, que tem gasto grandes fortunas para tratar dos problemas de saúde causados pelos lixões. Esse é um motivo mais do que suficiente para darmos nosso total apoio às medidas que estimulem a reciclagem", pontua o diretor presidente da ABRELPE.
Fonte: http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,841205,A_reciclagem_sofre_com_a_falta_de_incentivos_no_Brasil,841205,5.htm
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